Ursos em ONGs ambientalistas e chocolates
Em 1961 surgiu o Fundo Mundial para a Natureza (World Wild Fund for Nature – WWF), que tinha um carismático urso panda na logomarca. Ela foi inspirada em uma fêmea chamada Chi-Chi, que vivia no zoológico de Londres. Ela foi capturada em 1955 em uma floresta de Sichuan (China), e foi trocada em muitos zoológicos no mundo. Passou por Moscou, Berlim, Illinois, Frankfurt, Copenhagen, até chegar a Londres em 1958. Foram 3 anos sendo trocada.
Um panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) chegue a viver 20 anos na natureza, Chi-Chi viveu 15 anos só em zôos, fora a idade que não se sabe quando foi capturada. Chi-Chi, que inspirou a logomarca da WWF, já morreu. Mas o panda-gigante mais velho em cativeiro (e vivo!) é a fêmea Basi do Zoo de Foochow na China tem 37 anos de idade! A mais velha era Jia Jia, de Hong Kong, que morreu ano passado aos 38 anos. Na idade panda, é como se fosse um humano com 114 anos!
"Zoológicos também são instituições de pesquisa"
Normalmente a sociedade critica muito a existência de zoológicos como expositores de animais, questionando o sofrimento que eles podem passar no confinamento por anos ou décadas. Há menos de 2 mil pandas selvagens no mundo, mas alguns zoos na China estão ajudando na conservação do panda-gigante.
Os zoológicos expõem animais para sensibilizar os visitantes para a conservação e conhecimento de centenas de espécies, mas também são instituições de pesquisa. Na China existem centros de reprodução de pandas. Eles nascem em cativeiro, mas hoje são quase 350 pandas só na China. Claro que a vida em liberdade é o melhor, mas a espécie tem sido preservada por estes lugares que facilitam a reprodução dos pandas. Algumas espécies na natureza estão em declínio e nem em cativeiro são reproduzidas, como acontece com os rinocerontes-de-Sumatra, que só existem 9 em cativeiro no mundo e poucos na natureza.
Ursos em chocolates?
Em 1899, Jean Tobler abriu a Fábrica de Chocolate de Berne, Tobler e Cia. Berne é uma cidade suíssa. O nome do chocolate é a junção do sobrenome do fundador “Tobler” com o final de “torrone” (que é uma mistura de mel e nougat de amêndoas, uma specialidade francesa). Quem gosta do chocolate Toblerone pode ter reparado em um desenho escondido na logomarca. A montanha no desenho é fácil de perceber. Ela representa uma das montanhas mais conhecidas dos Alpes Suíços — a Matterhorn.
Uma águia estampou as embalagens de Toblerone duas vezes, mas por poucos anos. Em 1920, deu lugar ao urso que poucos anos depois se escondeu na logomarca. Você já enxergou um urso dentro do desenho da montanha? Ele foi camuflado com os traços da neve dos Alpes, mas está lá! Um caso de logo escondido no Toblerone! Os ursos são um símbolo da cidade de Berna (Suíça) onde nasceu o chocolate Toblerone. Os primeiros ursos em Berna foram descobertos em 1513, e foram ursos-pardos (Ursus arctos). Das 8 espécies de ursos no mundo, essa é a única nos Alpes suíços. Hoje, alguns atravessam a fronteira com a Itália e chegam a Berna. A visão deles é limitada, eles se orientam melhor pelo olfato e audição.
O Ursus arctos horribilis é uma variedade do urso-pardo que ataca o Leonardo DiCaprio no filme “O Regresso”. O único urso que ocorre na América do Sul é o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus), mas ele não aparece no Brasil. Os ursos também são associados a animais que hibernam no inverno, mas isso é questionável. Alguns biólogos defendem que um animal que hiberna reduz muito sua temperatura corporal, e essa redução é muito pequena nos ursos. Outros biólogos afirmam que isso é hibernação.
Definições à parte, os dois lados tentam entender se a hibernação seria possível para humanos. Nós teríamos muitos problemas a resolver. Teríamos que eliminar toda a uréia produzida nos tecidos, guardar água e reserva de energia, retardar o envelhecimento celular, etc. Seria ótimo para curar o corpo. Diversas pesquisas mostram que o sono ajuda o corpo a se curar, mais ou menos como ocorre com a meditação. Mas ainda estamos longe de hibernar. Embora o cotidiano humano de muita gente faça o ser humano querer hibernar por um fim de semana.